CÓD.S14-55 ONLINE

O impacto da globalização na construção de novas práticas e identidade do Serviço Social Organizacional

A denominação de Serviço Social Organizacional é uma construção deste estudo tendo em conta que se trata de uma definição por natureza polissémica, alterando-se e introduzindo ideias inovadoras que respondem a novas questões sociais. Integra diversos ramos de atividade pública e privada como a indústria, a banca e os serviços.

Durante as ultimas décadas assistiu-se a um movimento de globalização generalizado que contribuiu largamente para a alteração do mercado de trabalho influenciado a intervenção, as práticas e a construção da identidade dos Assistentes Sociais em contexto organizacional.

Este estudo pretende enfocar o impacte da globalização na produção, as consequentes adaptações da mão de obra a todas as mudanças rápidas que ocorrem em contexto de crises económicas e sociais precarizando as relações sociais que são terreno propício de intervenção dos Assistentes Sociais.

Castel argumenta que vários processos alimentam a vulnerabilidade social, a precarização do emprego e desemprego. Todas as exigências de crescimento e competitividade refletem-se ainda na força de trabalho que tem de se adaptar rapidamente às mudanças.

Desenvolvem-se dois segmentos de emprego, um mercado “primário” constituído por elementos qualificados, melhor pagos, melhor protegidos e mais estáveis – e um mercado “secundário” – que comporta o pessoal precário, menos qualificado, diretamente submetido às flutuações da demanda (1998:524). Mas a condição dos que estão “out” (fora) depende sempre dos que estão “in” (dentro), conforme estes últimos estiverem a responder às exigências da empresa será, ou não, necessário recorrer, através de diversas estratégias, que podem ser precárias, aos que estão fora.

Os indivíduos podem passar de uma situação e vulnerabilidade económica a uma situação de grande exclusão, de rutura dos laços sociais (Paugan, 2000). Esta passagem de ativo estável para emprego precário e posteriormente saída do emprego acompanhada da mudança da integração em redes relacionais e familiares, para uma fragilidade relacional e podendo culminar no isolamento corresponde ao que Castel denomina de zonas de integração, vulnerabilidade, de assistência e por fim zona de exclusão ou desfiliação.  Com este estudo pretendemos analisar a zona de vulnerabilidade social onde se situam trabalhadores que estão em situação frequentemente instável e precária.

O risco de desemprego e a ameaça da precariedade atravessam todas as profissões, idades e estratos sociais, o que constitui um fator gerador de insegurança, descontentamento, enfraquecimento da sociedade e perda de sentido e projeto de vida” (Silva, 2004:34).

Porém, por forma a fazer face às exigências da responsabilidade social, as empresas mantêm mecanismos de apoio interno e projetos de solidariedade que visam promover uma imagem social que impacta no retorno do negócio.

Ao se alinhar na função integradora do trabalho na sociedade, o Serviço Social organizacional enfrenta desafios acrescidos para reconfigurar as práticas e identidade, dado que esta integração é mais instável, aleatória, imprevisível pois depende de condições e fatores aliados a uma economia global e a um contexto que ultrapassa o trabalhador.

Palabras clave

Globalização Serviço Social Organizacional Vulnerabilidade

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Marta Terra

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