O aumento da esperança média de vida tem sido uma realidade, porém, não se pode simplesmente viver, é preciso saber viver com qualidade. Para associar estas duas realidades, torna-se necessário atender ao estilo de vida individual e social, de forma a promover um envelhecimento saudável. Embora a maior parte dos adultos idosos apresente, com o passar do tempo, múltiplos problemas de saúde, a idade avançada não deve ser sinónimo de dependência, nem tão pouco motivo de exclusão social.
A sarcopenia atinge hoje mais de 50 milhões de pessoas idosas, com uma alta taxa de mortalidade, quando comparada com a população de idosos não sarcopénicos. A sua causalidade é multifatorial, nomeadamente, distúrbios da inervação muscular, redução na produção de hormônios, aumento de processos inflamatórios e alterações da função digestiva, piorando o padrão alimentar, como a redução na ingestão proteico-calórica. Em consequência, surgem prejuízos na degradação da saúde e, naturalmente, na redução da qualidade de vida e do bem-estar do idoso.
A questão alimentar, neste contexto, não é de somenos importância. Ela é determinante no processo de envelhecimento e quando não é bem cuidada favorece a perda progressiva da massa muscular com redução significativa da capacidade funcional, proporcionando um envelhecimento associado a um aumento de doenças crónicas, bem como a consequente dependência de tarefas essenciais, como o vestir, andar, viver sozinho, etc.
Posto isto, o principal objetivo deste estudo visa analisar a relação entre os fatores sociodemográficas, a atividade física e os hábitos alimentares na população idosa. Foram analisados os dados de 894 idosos portugueses não institucionalizados com idades compreendidas entre 65 e 84 anos, através do inquérito alimentar nacional e de atividade física (IAN-AF). Os resultados mostraram que entre os 21% de idosos que viviam sozinhos, 63.8% estavam acima do peso e 42% idosos eram inativos. Foram encontradas diferenças significativas, em termos de sedentarismo e nível de atividade física, entre as regiões do país, bem como uma relação significativa com o agregado familiar. Em relação aos hábitos alimentares, observou-se um baixo consumo de frutas, carnes, ovos, água e hidratos de carbono, e alto consumo de álcool. As variáveis sociodemográficas como a região do país, o sexo, o estado civil, o rendimento familiar e o número de elementos do agregado familiar revelaram estar significativamente relacionados com os hábitos alimentares. Para se promover um envelhecimento saudável torna-se, assim, necessário compreender melhor a relação entre os hábitos alimentares e o comportamento sedentário no processo do envelhecimento, sendo esta relação determinante na qualidade de vida do idoso, que se manifesta na sua capacidade funcional, bem como na sua integração social.
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Sandra Elvia Domínguez Ibáñez
Comentó el 21/05/2021 a las 02:26:39
Dra Flaviane
Muy interesante el tema que estudias. La población del estudio fue no institucionalizada, por lo que asumo están con la familia. Tengo entendido que los adultos mayores, deben consumir un trozo de carne magra para prevenir la sarcopenia. ¿Qué opinas al respecto? Aunque como bien dices, existen otras variables como el sedentarismo entre ellas que afectan el envejecimiento saludable. Gracias.
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Flaviane Farias
Comentó el 24/05/2021 a las 15:13:45
Olá, muito obrigada.
A maioria dos adultos mais velhos do estudo não vivem sozinhos, porém quanto maior o número de agregados familiares maior é o comportamento sedentário. Os idosos que moram sozinhos apresentaram a uma vida mais ativa.
Com relação a alimentação, a anorexia do envelhecimento, proporciona mudança do comportamento alimentar, optando por comer mais carboidratos, porque tem fácil digestão. Uma dieta rica em carboidratos está associada ao maior risco de Diabetes e Doenças Cardiovasculares.
A ingesta de proteínas brancas como: carnes, ovos, produtos lácteos e grãos vegetais (como feijões, quinua, ervilhas) devem ser encorajadas com a finalidade de reduzir a inflamação muscular e doenças crônicas.
A mudança do comportamento sedentário está associada a redução da mortalidade e comorbidades.
A disposição.
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